sexta-feira, 23 de março de 2012

O esquecido "Cavalo de Arreio"

Esse é o João Guilherme, montando Valdeci da Querência, em uma das fotos mais apropriadas para esta postagem!

Inicialmente gostaria de me desculpar por deixar vocês sem novas informações, mas é porque acabou ocorrendo uns probleminhas no blog, e não estava carregando as fotos das postagens, então por isso, não postei a continuação das fotos do final de semana. Mas mesmo assim, hoje inicio uma nova postagem. Espero que gostem. Abraços.

"E aí, que tal deu o potrilho da égua rosilha?" "Comum... cavalinho de arreio!". É...  a gente nem percebe o quanto o cavalo comum, que aquela égua feinha pariu, de alguma forma foi muito importante para nós. Hoje, todos tem preocupação extrema, em morfologia de cavalos; em garupa bem boa, em paleta boa, em retangularidade, em cabeça curta e crioula, em bons aprumos... mas eu conheço muita égua boa, que infelizmente não faz um terço da função de uma égua feia de morfologia. Sim, eu sei que a morfologia interfere, em muitos casos, na doma, pois os cavalos tendem a ser mais fortes, mais resistentes e "boca mais doce". Mas não posso negar que me dói o coração em vender baratinho aquele cavalo amigo, bom de laço, mas feio de morfologia. Cavalo amigo pra mim, é aquele que murcha as orelhas quando tu chega perto, que começa a relinchar quando te enxerga, e que podendo, vem te cheirar na cerca. É difícil achar bicho assim, é! Mas cavalo mimoso a gente conhece desde potrilho, pois mesmo que seja caborteiro, tu sente que se identifica com ele. Conheço muita gente que laça em rodeio com cavalo louco, que não sabe fazer uma volta a galope. E esses homens que laçam neles, começam a inticar os cavalos, induzindo aos cavalos fazerem coisas que nunca foram mostradas a eles na doma. Daí os "matunguinhos caborteiros" apanham sem saber o porquê. E a primeira coisa que as pessoas falam é: "Matungo caborteiro! Arrebenta a pau". Isso não é legal, não mesmo. Tem muito gaúcho que representa mal o Rio Grande, sinceramente. Não sabem dar valor as tradições, porque antigamente o cavalo era o maior tesouro do gaúcho, e hoje, é tratado como objeto. Hoje, até mesmo as cabanhas grandes, como as cabanhas que levam cavalos para correr o Freio de Ouro, tem seus cavalos comuns, que se não fossem ter dado errado na cruza errada, os peões não teriam como camperear para cuidar da própria cabanha. Aliás, se não fosse uma cruza ter dado errado e qualquer cabanha ter vendido baratinho o resultado comum, ninguém estaria laçando em cavalos crioulos nos rodeios. Ninguém mesmo! Portanto termino a postagem com a esperança de ter passado algo para vocês. Obrigada pela atenção,
                                                                                      Luiza Ribeiro Stacowski.

Nenhum comentário:

Postar um comentário