sexta-feira, 27 de abril de 2012

"Sem meus livros eu não poderia viver, e sem os meus cães, também. Os livros não latem, e os cães não fornecem sabedoria, então eu não poderia escolher. Eu prefiro viver sem mim."
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Qualquer lugar é Querência
Se houver Cavalo Crioulo ♫

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Que diacho! Eu gostava do meu cusco

Entendo. Envelheci, entendendo.
Bicho não tem alma, eu sei bem,
mas será que vivente tem?
Que diacho! Eu gostava do meu cusco.
Era um guaipeca amarelo,
baixinho, de perna torta,
que me seguiu num domingo,
de volta de umas carreira.
Eu andava meio abichornado,
bebendo mais que o costume,
essas coisa de rabicho, de ciúme,
vocês me entendem, ele entendeu.
Passei o dia bebendo
e ele ali no costado
me olhando de atravessado,
esperando por comida.
Nesse tempo era magrinho
que aparecia as costela.
Depois pegou mais estado
mas nunca foi de engordá.
Quando veio meu guisado,
dei quase tudo prá ele.
Um pouco, por pena dele,
e outro, que nesse dia,
só bebida eu engolia
por causa dos pensamento.
Já pela entrada do sol,
ainda pensando na moça
e nas miséria da vida,
toquei de volta prás casa
e vi que o cusco magrinho
vinha troteando pertinho,
com um jeito encabulado.
Volta prá casa, guaipeca!
Ralhei e ralhei com ele.
Parava um pouco, fugia,
farejava qualquer coisa,
depois voltava prá mim.
O capataz não gostou,
na estância só tinha galgo,
mas o guaipeca ficou.
Botei o nome de Sorro,
as crianças, de Brinquinho,
mas o nome que pegou
foi de Guaipeca Amarelo.
Mas nome não é o que importa.
Bicho não tem alma, eu sei bem.
Mas será que vivente tem?
Ficou seis anos na estância.
Lidava com gado e ovelha
sempre atento e voluntário.
Se um boi ganhava no mato,
o guaipeca só voltava
depois de tirá prá fora.
E nunca mordeu ninguém!
Nem as índia da cozinha
que inticavam com ele.
Nem ovelha, nem galinha,
nem quero-quero, avestruz.
Com lagarto, era o primeiro
e mesmo piquininho
corria mais do que um pardo.
E tudo ia tão bem...
Até que um dia azarado
o patrãozinho noivou
e trouxe a noiva prá estância.
Era no mês de janeiro,
os patrão tava na praia,
e veio um mundo de gente,
tudo em roupa diferente,
até colar, home usava,
e as moça meio pelada,
sem sê na hora do banho,
imagino lá no arroio,
o retoço da moçada.
Mas bueno, sou doutro tempo,
das trança e saia rodada,
até aí não tem nada,
que a gente respeita os branco,
olha e finge que não vê.
O pior foi o meu cusco,
que não entendeu, por bicho,
a distância que separa
um guaipeca de peão
da cachorrinha mimosa
da noiva do meu patrão.
Era quase de brinquedo
a cachorrinha da moça.
Baixinha, reboladera,
pêlo comprido e tratado,
andava só na coleira
e tinha medo de tudo,
por qualquer coisa acoava.
Meu cusco perdeu o entono
quando viu a cachorrinha.
E les juro que a bichinha
também gostou do meu baio.
Mas namoro, só de longe
que a cusca era mais cuidada
que touro de exposição.
Mas numa noite de lua,
foi mais forte a natureza.
A cadela tava alçada
e o guaipeca atrás dela
entrou por uma janela
e foi uma gritaria
quando encontraram os dois.
Achei graça na aventura,
até que chegou o mocito,
o filho do meu patrão,
e disse prá o Vitalício
que tinha fama de ruim:
-Benefecia o guaipeca
prá que respeite as família!
Parecia até uma filha
que o cusco tinha abusado.
Perdão, le disse
 - O coitado não entende dessas coisa,
Deixe qu'eu leve prá o posto
do fundo, com meu cumpadre,
depois que passá o verão.
-Capa o cusco, Vitalício!
-E tu, pega os teus pertence
e vai buscá teu cavalo.
Me deu uma raiva por dentro
de sê assim despachado
por um piazito mijado
e ainda usando colar.
Mas prometi aqui prá dentro:
mesmo filho do patrão,
no meu cusco ninguém toca.
Pego ele, vou m'embora
e acabou-se a função.
Que diacho! Eu gostava do meu cusco.
Bicho não tem alma, eu sei bem.
Mas será que vivente tem?
Campiei ele no galpão,
nos brete, pelas mangueira
e nada do desgraçado.
No fim, já meio cansado,
peguei o ruano velho
e fui buscá o meu cavalo.
Com o tordilho por diante,
vinha pensando na vida.
Posso entrá numa comparsa,
mesmo no fim das esquila.
Depois ajeito os apero
e busco colocação,
nem que seja de caseiro,
se não me ajustam de peão.
E levo o cusco comigo
pois foi o único amigo
que nunca negou a mão.
Nisso, ouvi a gritaria
e os grunido do meu cusco
que era um grito de susto,
de medo, um grito de horror.
Toquei a espora no ruano
mas era tarde demais.
Tinham feito a judiaria
e o pobrezinho sangrava,
sangrava de fazê poça
e já chorava fraquinho.
Peguei o cusco no colo
e apertei o coração.
O sangue tava fugindo,
não tinha mais esperança.
O cusco foi se finando
e os meus olho chorando,
chorando como criança.
Que diacho! Eu gostava do meu cusco.
Bicho não tem alma, eu sei bem.
Mas será que vivente tem?
Nessa hora desgraçada
o tal mocito voltou
prá sabê pelo serviço.
Botei o cusco no chão,
passei a mão no facão
e dei uns grito com ele,
com ele e com o Vitalício!
Ele puxô do revórve
mas tava perto demais.
Antes que a bala saísse,
cortei ele prá matá.
Foi assim, bem direitinho.
Não tô aqui prá menti.
É verdade qu'eu fugi
mas depois me apresentei.
Me julgaram e condenaram
mas o pior que assassino,
foi dizerem que o motivo
era pouco prá o que fiz...
Que diacho! Eu gostava do meu cusco.
Bicho não tem alma, eu sei bem.
Mas será que vivente tem?
                                                               
Alcy Cheuiche
gentileza de Daniel Cassol

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Defesa da Bicharada ligado na Final Regional de Tiro de Laço do Cavalo Crioulo

Meu pai, presidente do Tiro de Laço da ABCCC vai laçar na Final Regional de Crioulaços, eu também vou laçar. Portanto, estaremos em Santa Maria no fim de semana da final e toda noite pretendo postar informações de quem foi classificado, quem acertou e quem errou as armadas. Então, aguardem para terem informações aqui no blog!

Abertura de um novo quadro no blog!

Olá, leitores! Hoje vim noticiar a abertura de um novo quadro. Irá se chamar Pequenos Crioulistas, e mostrará o começo de uma paixão. Terá a participação de crianças com fotos delas em momentos de contato com o cavalo crioulo. Quem quiser, também poderá mandar a foto de seus filhos/parentes/amigos com essa raça tão querida por todos. Espero que gostem.
E hoje, a abertura do quadro fica por conta da Kauanne Javasque, filha do domador da Cabanha Querência. Ela foi fotografada com o potro Astrogildo da Querência, mostrando o cuidado e atenção que a Cabanha tem com seus cavalos:

segunda-feira, 23 de abril de 2012

PARABÉNS ORACA DO ITAPORORÓ! BOCAL DE OURO 2012!

Oraca do Itapororó consagrou-se campeã da 13ª edição do Bocal de Ouro, realizado no Parque Assis Brasil, em Esteio-RS. Foi uma égua destaque, sendo avaliada como "passo de leopardo" pelos jurados. Ela correu com o ginete Fábio Teixeira da Silveira e ficará na história da modalidade, não só pela maior nota morfológica e recorde de pontuação da modalidade, com 23,747 pontos na média final, mas também pela forma como encantou o público presente. Oraca é cega do olho esquerdo, o que não a prejudicou, pois foi a sensação do Bocal e alcançou, desde o primeiro dia números impressionantes. No julgamento morfológico, a égua recebeu a maior nota da história de um jurado (10) e ainda alcançou a maior média da etapa, no circuito do Freio de Ouro com um 9,8.
– "Para mim ela não tem defeitos. Caminha diferente, com postura, aprumos excelentes e muito selo racial, além de funcionalmente também ser muito boa”, avaliou Francisco Martins Bastos Sobrinho, jurado da categoria.
O Bocal de Ouro reúne apenas exemplares inéditos e é a segunda mais importante prova da raça crioula, que classifica os animais para a principal competição da raça, o Freio de Ouro. Foram realizadas neste domingo as provas de Mangueira, Bayard-Sarmento, Prova de Campo ou Paleteada.
Classificação das Fêmeas
Box 44 – Oraca do Itapororó, filha de Jalisco de Santa Angélica e Fuzarca do Itapororó; criador Nestor de Moura Jardim Filho e expositor Aldo Vendramin, Estância Vendramin, Palmeira/PR
Ginete: Fábio Teixeira da Silveira
Nota: 23,747
Box 01 – Ricoleta de São Manoel, filha de Mackenna Guindo e Ibiza de São Manoel; criador Ricardo Alvarez e expositor Cabanha Cola Crioula e Ricardo Alvarez, Fazenda São Manoel, Massambará/RS
Ginete: Gabriel Marty
Nota: 21,704
Box 41 – Idêntica dos Três Pinhais, filha de Santa Elba Comediante e Baroneza de São Martinho; criador Vilson Aozane Bilibio e expositor Vilson Aozane Bilibio e Ivo Benatti, Fazenda Três Pinhais e Cabanha Movimento, Cruz Alta/RS
Ginete: Cézar Augusto Schell Freire
Nota: 21,094
Box 18 - AS Malke Rancagua, filha de Mackenna Guindo e AS Malke Jóia Rara; criador Agro Pecuária Schwanck Ltda.e expositor José Schutz Schwanck, Cabanha Malke, Uruguaiana/RS
Ginete: Gabriel Marty
Nota: 20,949

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Vai com Deus, campeão! A gente sabe que o "Cara" se foi porque já estava "Coroa", mas a dor segue sendo inexplicável. Fica com Deus, BT Cara e Corôa
Eu só quero um gesto bonito
Um olhar sincero
Um pingo de chuva
Um beijo discreto.
                                               LRS.

terça-feira, 17 de abril de 2012

BT Cara e Corôa faleceu

Eu e o Campeão!

UM CHEFE DA RAÇA CRIOULA, UM CAVALO INEXPLICÁVEL! REGISTRO DE MÉRITO, COM INÚMEROS FILHOS BONS MORFOLOGICAMENTE E FUNCIONALMENTE, BT CARA E CORÔA DIZ ADEUS.
Ele faleceu na Cabanha Itaó, onde deu o seu melhor enquanto pode reproduzir. Parou precocemente de reproduzir por complicações nos testículos.
Também desenvolveu ao longo do tempo uma artrose, que foi piorando até o levar a óbito.
Uma pequena lista de filhos seus produzidos na Cabanha Itaó:
Improviso do Itaó (Destaca-se funcionalmente e morfologicamente), Lamparina do Itaó (Melhor Cabeça da Expointer), Infância do Itaó (Campeã do Freio de Ouro, Bocal de Ouro e Freio de Bronze), Regalo do Itaó (Representou o Brasil na ExpoFICCC), Jura do Itaó (Freio de Prata), Lastro do Itaó (Várias vezes finalista do Freio de Ouro)...
E a nossa Cabanha Querência, tem a Tramontina da Querência, boa égua que terá uma foto logo abaixo.
BT Cara e Corôa deixará muitas saudades e muitos, muitos filhos bons!
Vai com Deus, Corôa! Porque a sua "coroa" de CRIOULO EXEMPLAR, ficará aqui... em seus filhos, netos e no coração de todos os crioulistas! Nós te amamos.

Alguns de seus filhos, que herdam sua genética:
Lamparina do Itaó - MELHOR CABEÇA DA EXPOINTER
Infância do Itaó - FREIO DE OURO, BOCAL DE OURO E FREIO DE BRONZE
     Jura do Itaó - FREIO DE PRATA
Essa é a nossa égua, Tramontina da Querência. Sua filha também.
Eu não sou de me achicar
O que tem que ser será
Quando a trança do meu laço
For pro espaço e terminar ♪

No Portal Educacional, também estão dispostos para as crianças, conteúdos sobre animais. Onde estão disponíveis os seus  direitos, as diferentes espécies e algumas curiosidades para as crianças através de jogos e conteúdos multimídia. Mais um ponto para quem batalha tanto pela conscientização das pessoas em defesa dos bichinhos! Parabéns, Portal!

sábado, 14 de abril de 2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Olá!

Olá! Tirei algumas fotos novas e gostaria de dividir com vocês. Como esta abaixo, na minha viagem de Páscoa em Montevidéo, onde vi um beagle muito fofo! Muito obrigada e aproveitem!
Beagle mais lindo do mundo!
Pôneis mestiços em uma granja de Montevidéo!
No Crioulaço de São Francisco-RS, abri a cola do cavalo tostado Upa e Truco da Querência, crioulo do meu pai. E modéstia a parte ficou linda!
Este é o Cafajeste do Macanudo, cavalo que se encontra na cabanha Melodia, propriedade do nosso amigo Renaro. Esta foto foi tirada no Crioulaço de São Chico, onde o Renaro laçou nele.
Faz tempo que temos esta foto, mas toda vez que paro para analisar enche os olhos! Este é o Nem Te Conto da Escondida, garanhão da Cabanha Querência. Nosso mimoso!

"Clube de luta canino" é descoberto com mais de 200 cães nas Filipinas

Nesta terça-feira (3), voluntários da Sociedade Protetora dos Animais das Filipinas descobriram um cativeiro com mais de 200 cães, entre pitbulls e outras raças, em uma fazenda de café ao sul de Manila, capital do país. Segundo os ativistas, os animais ficavam acorrentados a barris, e eram usados em brigas ilegais, negociadas em um site. Os bichos serão sacrificados porque os ativistas dizem que não há locais para promover sua reabilitação nem meios de evitar que eles voltem a ser usados em redes de rinha de cães.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Páscoa

Olá! Hoje resolvi falar sobre um tema que particularmente me irrita muito. Eu tenho pavor dessa gente que compra animais conforme a moda.
Quando foi criado o filme "101 Dálmatas", todo mundo sonhava em ter um cachorro dálmata. Daí o cachorro crescia, a moda acabava, e os bichinhos acabavam nos canis, pois ficavam dentro de um apartamento trancados, resultando em estresse e consequentemente agressividade na mente dos animais.
Quando foi criado o filme "Marley & Eu", todo mundo queria um cachorro labrador, daí o bichinho crescia sem espaço, a moda passava e o dono cansava e... abandonava.
Mas enfim, se eu fosse ficar citando todos os filmes que foram criados e os animais que foram abandonados ia demorar muito. Mas eu quero chegar aqui: As pessoas tem essa mania de comprar animais para entrar na moda, ou para se exibir e acabam não lembrando que esses bichos tem necessidades... os cachorros precisam de carinho, de alimentação equilibrada e de passeios para descarregar energia, por exemplo.
E agora, vem a Páscoa! "Ó meu Deus, como assim? Todos tem um coelho, só eu que não! Preciso arranjar um coelho para que meu filho acredite na magia da Páscoa tendo um bicho real em casa"... Daí a pessoa vai lá e compra, depois passa a Páscoa, o cocô do coelho começa a incomodar e a pessoa enjoa do coelho. Então abandona e ele fica rolando na rua até um cachorro ir lá e matá-lo.
As pessoas não tem noção do que fazem. Não tem noção que estão brincando com vidas.
As pessoas brincam até perder a graça, depois... que se exploda, porque o que podia ela já ocupou do pobre serzinho. Então, esta postagem serve para mostrar que coelhos são fofos e dão vontade de apertar, mas você não precisa ser dono dele só para dizer que é fofo e é só seu. Entendam de uma vez por todas que a gente pode olhar e achar bonito, não precisa ser tudo nosso.
Então fica a dica. Mas acima de tudo lhes desejo uma Feliz Páscoa ao lado de suas famílias! Boas orações e degustações, hehehe... 

Parabéns, Macacos!

Não, não é o "macaco-bicho" que está de parabéns hoje... Hehehe. Vim aqui para dar minha saudações aos colorados, pois o Internacional está completando 103 anos de muitas histórias hoje! E... já que chamam os colorados de macacos e macacos tem a ver com o blog, aproveitei a oportunidade! Parabéns Inter!

Uma estrelita matrera
Por matrera desprendida
Deixou um rastro viajeiro
Como um adeus de partida...
Tope o touro noite linda
Que num canto triste chora
Pedindo um raio de lua

Antes que te vá embora  

domingo, 1 de abril de 2012

E hoje é meu aniversário

Bom, nasci hoje, no dia 31/03. Faço 12 anos recheadinhos de histórias. Eu me apaixono fácil, fácil. Quando resolvo conhecer algo e pego gosto pela coisa, parece que não vivo mais sem, dependo disso todo dia. Já gostei de muitas coisas. De dinossauros, de girafas, de pandas, de cachorros, de focas... mas hoje parece que tem um vício que está durando mais que os outros... sim, essa minha paixão por cavalos. Eu não consigo passar um final de semana trancada em casa sabendo que tem sol lá fora, tem cavalos pra camperear ou nem que seja só  pra pular no pelo mesmo, pra dar uma voltinha pelo campo. Eu não consigo enxergar um cavalo pastando, sem ir para seus pés analisar cada bocada sua na grama. Não consigo enxergar um catálogo de algum remate, e olhar apenas uma vez, não, olho pelo menos quatro vezes o mesmo catálogo, senão parece que nem analisei os cavalos direito. Não consigo escutar uma música boa falando de crioulos, sem saber cantar. Não consigo ver na TV um grande rodeio que não pude levar o meu cavalo pra correr. É tanta coisa... acho que se não fosse essa paixão de alguns meses pra cá, minha vida não teria nem graça! E já que passei todos esses dias dedicados aos cavalos, cheguei a uma conclusão: Laçar é mais barato que terapia. Sim, é sério, haha. É que eu só consigo relaxar e me esquecer dos problemas, se tenho algum rodeio pra ir, ou um cavalo pra cuidar. São coisas que nem  Froid explica. Uma dependência que eu descobri agora pouco. Portanto, acho que isso não é um vício que passa, pois enquanto houver éguas parindo, a raça crioula não para de crescer, não para de ter o que pesquisar, não para de ter campeões! Ah, lembrando que também foi no fim de janeiro desse ano que comecei a laçar e já obtive um prêmio, portanto todo rodeio me motiva mais e eu não pretendo parar nunca, nunca mesmo. Pois os meus planos pro futuro estão relacionados a uma boa faculdade para cursar veterinária, um bom curso de especialização e no fim me dedicar a estas máquinas de quatro patas, com a alma mais pura que já vi. Então é aqui que deixo claro, que espero ter mais 12 anos de vida ao lado da minha família que eu amo demais, ao lado de cachorros que são os bichos mais amáveis do mundo e ao lado desses campeões, desses parceiros de todo dia, desses crioulos amigos! Obrigada Senhor, por mais um ano de vida!

Algumas fotos destes 12 anos:
Eu com 3 anos, na fazenda!

Montando Mañanero Es Así, gateado salgo que tirou sexto lugar no Freio de Ouro. Melhor cavalo da face da Terra, com certeza!

Quando minha baia, Raia da Querência, foi Reservada Campeã Égua Prenhe!
No meu primeiro campeonato de Patinação Artística, em 2011!
A guria mais feliz do mundo, no dia que tirei primeiro lugar no Laço Prenda, já no primeiro rodeio que lacei pelo piquete Campo a Fora!
AH, sim... o primeiro Crioulaço!
Esses sim, se eu pudesse faria um livro pra explicar o quanto foram importantes no meu começo no laço e o quanto farão falta quando se forem. Amo muito esses dois: Umbú e Upa e Truco da Querência ♥