quarta-feira, 23 de maio de 2012

Encerrada a temporada do laço.

Oi, pessoal. Estava meio ocupada com as provas, por isso parei de postar. Portanto hoje vim "dar as caras" por aqui.
Pra quem não sabe, a nossa cabanha faz a tropa todo ano, onde levamos todos os animais para outra fazenda. Então participei do meu último rodeio neste final de semana. Na verdade foi o II Duelo de Titãs do Laço, que por ironia do destino fui Campeã das 9 Armadas. Acho que devia pelo menos uma postagem ao laço. Eu até tinha feito uma antes, mas achei muito ruim e resolvi deletar e fazer uma nova.
Bom, foi neste ano que comecei a laçar. Comecei em um cavalo tordilho, chamado Napoleão do Tronco da Figueira. Peleei com este cavalo, mas não deu. Eu não conseguia correr nele de jeito nenhum, eu passava da vaca, me enrolava no laço e perdia para o cavalo. Uma semana antes do meu primeiro Crioulaço, meu pai pediu para eu experimentar correr em outro cavalo, um de pelagem colorada, chamado Umbú da Querência. Corri as primeiras vacas meio mal, até pegar o ritmo dele. Porém comecei a correr melhor, vi que ele deixava eu rebolear bem o meu laço, consegui me acostumar e resolvi laçar nele no fim de semana. Chegou no dia e eu corri perfeito, cheguei perto em algumas armadas. Não acertei nenhuma, mas minha felicidade era algo indescritível.
Passou alguns dias, treinei mais e iria acontecer o Rodeio de Trios do Piquete Agropecuária Rancho Branco. Eu lacei com meu pai e minha madrasta no trio, não acertei muitas... Até que chegou na hora do Laço Prenda. Escritas tinha só eu e a Renata (minha madrasta), mas quando chegou a hora, entrou mais a Nathália Machado, que já laçava a muito mais tempo que eu. Daí perdi as esperanças, pois ela já laçava muito mais do que eu.
Na primeira volta: eu errei, Renata errou, Nathália errou. Na segunda: eu errei, Renata errou, Nathália errou. E quando chegou na terceira volta, eu corri a vaca do jeito certo e atirei. Daí... deu uma teia de aranha na cabeça da vaca. Mas eu "tentiei" de tudo que era jeito e "desatei" uma volta do laço, daí a armada ficou "em 8". Fui esperar... a Renata errou e a Nathália errou. E foi quando o narrador gritou: - O Laço Prenda já tem campeã!
Eu não acreditei... saí abraçando o meu cavalo,  fui galopeando dar um beijo na minha mãe, e chorando, abraçar o meu pai.
Na hora da premiação eu não sabia atar o laço nos tentos. Então coloquei ele todo errado, com uns nós esquisitos... mas consegui,  e fui ligeirinho para receber o prêmio. Desci do cavalo, tirei o chapéu, abracei o patrão do piquete e montei para dar a volta da vitória.
Depois deste rodeio, fui no Crioulaço de São Francisco de Assis (montando Umbú da Querência), no Rodeio de Trios do CTG Coxilha de Ronda (montando Umbú da Querência), na Final Regional de Crioulaços (montando Umbú da Querência) e por último, no Duelo Braço de Ouro (montando Valdeci da Querência), onde ganhei as Nove Armadas.
Mas no total, vim só para deixar claro, que não são as vitórias que me farão campeã, e sim, cada rodeio que divertiu, cada abraço de "no próximo rodeio tu vai melhor" ou mesmo as risadas das armadas ridículas que eu atirei. É assim que a gente se diverte, aprende errando na frente da arquibancada, e no final leva tudo na brincadeira, pois se dá conta que laçar é diversão, é um vício bom... e percebe que toda briga por armadas é perda de tempo. E... acho que com 6 metros e cinco rodilhas, o destino da prenda é traçado. Ou seja, a gente amadurece laçando. Então, aqui o meu último post sobre os rodeios que fui, pois agora só voltamos a laçar no verão.
Dedico toda minha "carreira" no laço ao meu pai, que me ensinou, debochou e brigou na hora certa (nas erradas também, mas pai é pai, não é mesmo? Hehehe) e também ao meu melhor amigo, meu mais fiel parceiro, que quando ele morrer vou empalhar e colocar no meu quarto, Umbú da Querência: O CAVALO QUE ME ENSINOU A LAÇAR.

Aqui, o registro do meu último rodeio. (Ao fundo, Valdeci da Querência).

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