sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Tchau, amor da mamãe :(

Só tenho entrado ultimamente para falar de desastres. Mas... sem querer ser chata, os desastres estão tomando conta da minha vida. Eu sei que o meu blog fala mais de informações sobre animais e tal. Mas aqui também é o meu espaço, onde eu desabafo com vocês as minhas dores e pesos de conciência. Hoje resolvi postar uma homenagem pequena, mas que para mim significa muito. Ela é para a minha caturrita, que infelizmente morreu, e agora vocês saberão mais ou menos o que aconteceu.
Eu estava chegando da fazenda quando entrei correndo com as minhas malas e demais roupas sujas que trouxe de fora. Quando passei pela gaiola da Kika, no pátio, ela voou. Eu não me preocupei, pois eu nunca havia cortado as asas dela, porque ela vive solta em cima da gaiola, livre, e... quase sempre voa para casa dos vizinhos. Larguei as malas ligeiro e fui correndo atrás dela, pois vi que ela voou por cima do muro da casa da minha avó. Não achei ela e pedi licença para entrar no vizinho, e... foi quando comecei a caminhar devagar, porque eu estava com medo dos cachorros grandes do vizinho. Fui chegando mais perto e... vi minha caturrita, que eu gostava tanto, caída no chão. Cheguei mais perto, peguei ela no colo, e logo, logo, me destruí em lágrimas. Mal conseguia falar para agradecer ao vizinho, então, fui carregando a minha menininha no colo, olhando para ela e tentando reanimá-la. Logo cheguei na vó, ela pegou a Kika e jogou água no seu bico e ela não respondeu. Levei ela para minha casa, abri a porta, entrei em casa olhando para sua gaiola, para seus potinhos, para o girassol que acabara de comer. E sim, chorei mais um pouco. Mais tarde chegou minha mãe, ela vinha chegando com os pães que comprou para Kika, mas, ela percebeu o que havia acontecido e se intristeceu também. De tão chateadas que estávamos, fizemos massagem para tentar ver se ela respondia de alguma forma... mas, não deu. Enquanto eu enrrolava ela em um jornal para lhe enterrar, chorava olhando para sua carinha fofa, suas penas verdes e azuis e seus olhinhos, que pareciam me dizer tchau. Enterrei ela e enfim, parei de chorar. Mesmo depois de ficar tão triste, eu me recuperei um pouco. Agora já estou sorrindo, mas aquela mágoa e a dor, que parece me esmagar por dentro, ainda não se foi. E é agora que a gente se dá conta, de que só valoriza quando perde. Pois por mais que eu desse carinho e a pegasse no colo, eu passava por ela muitas vezes, e nem olhava. Portanto, só tenho a dizer:
Minha Kika, perdoa a mãe. Eu sei que demorei muito pra conseguir uma ave parceira. E no fim, consegui te fazer durar apenas três anos. E sei também que eu não te merecia, pois tu era uma grande parceira pra mim, e eu nem cuidava tanto quanto precisava. Filha, a mãe te ama e sempre te amará, onde quer que tu esteja. Lembra que eu tô aqui... me ilumina, sempre! Me desculpa, amorzinho... ME DESCULPA POR TUDO!  
Não tenho fotos de ti, mas, pra quem quer saber como tu era, eu descrevo:
Carinha mimosa, peninhas verdes e na pontinha eram escuras. Tinha um olhar acolhedor e era linda, linda, linda. Vai fazer muita falta. MUITA, M/U/I/T/A, MU-I-TA, M*U*I*T*A falta.

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