quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Chega de Violência

Comecei a me inspirar melhor para esta postagem lendo o livro "O homem que ouve cavalos", do conhecidíssimo Monty Roberts. É que... agora eu percebo o quanto as pessoas não compreendem os cavalos.
 Eu não estou aqui para passar moral nenhuma, (porque antes de chegar na metade do livro estou percebendo o quanto eu mesma não compreendo os cavalos que treino) mas acho que todos nós devemos pôr a mão na consciência antes de forçar um animal a algo.
Eu acabei me envergonhando na última vez que estava amanunciando um potro, por exemplo. Eu estava o forçando a ficar parado para eu chegar e fazer carinho com ele atado no palanque. Mas como ele não parava, o meu pai veio e me ensinou outra técnica: deixar o buçal frouxo, sem puxar, e ir chegando nele, pois sua reação seria fastrar (dar passos para trás), que é uma coisa que cavalos não fazem naturalmente, e quanto mais ele andasse para trás por conta própria, mais se daria conta que iria cansar. Ele fez isso com o potro, sem puxá-lo, e em menos de um minuto ele estava parado e deixando chegarmos para acariciá-lo.
Eu me sinto muito mal quando isso acontece, porque vejo que não compreendi o animal e estava amedrontando ele sem querer. 
Acho que para tudo que formos fazer com o cavalo, devemos convidá-lo e não obrigá-lo, pois tem coisas que ensinamos para eles que eles gostam de treinar, mas se associarem à dor, pegam trauma...
Então o jeito é pedir, fazer com que ele se interesse. Começar devagarzinho até ele pegar prática e começar a gostar.
Isso não tem nada a ver com não corrigir quando ele erra, mas quando ele errar, faça ele "se dar conta", não faça ele "pagar porque errou", pois você tirará a graça do que para ele é brincadeira.
Com esse textinho, espero pedir desculpas à todos os cavalos que aturaram meus erros e provaram serem mais fantásticos ainda.
Nunca é tarde para começarmos! Portanto, bora analisar os sinais que eles nos passam e tentar compreendê-los melhor.

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